FRANK SINATRA
A one-night stands:
Ele morreu em um conjugado, 24m², em Minsk: com um cigarro no canto da boca, um copo d’água e um prato de
comida. Na vitrola, um disco do Frank Sinatra. E na alma, gosto de nada. Ele,
que tinha muitos relacionamentos sexuais passageiros, morreu como sempre viveu:
só. Só, como nascem e morrem todos os homens. Só, como a poesia de Simeão de Polatsk. Só, como grandes extensões de terreno pantanoso. Só, como as florestas da
Bielorrússia. Só, como um país sem saída para o mar. Só, como o Monte
Dzyarzhynsk. Só, como o Lago Strusta. Só, como os rios Neman, Pripyat e Dnieper. Só,
como só quem é só, é capaz de entender. Para ele, a morte foi o único investimento
que deu certo: como um prato de comida, um copo d’água, um cigarro no canto da
boca e um disco do Sinatra.
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