Como palmas de salva ou versa-virsa. Ele era como um velho barco a bater o casco. Uma lancha à deriva. Um submarino em ruínas. Uma nau de alto bordo. Um navio encalhado. Uma caravela com três mastros. Um galeão com numerosas bocas de fogo. Acontece que quando era jovem, sambou na cara da sociedade. E isso ninguém perdoa. Desrespeito, pode. Violência, pode. Preconceito, pode. Agora, quebra de paradigmas, nem pensar. Por isso foi entregue à própria sorte: como uma canoa quebrada, uma balsa sem rumo, um iate ao sabor do vento, uma jangada soçobrada ou vice-versa. Sim, ele foi abandonado ao próprio fado. Como uma construção feita de fibra de vidro, madeira, aço, alumínio, ferro ou seja lá o que for: a vela, a remo ou a motor. CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS: curtacontos@hotmail.com THE BLACK ANGEL’S DEATH SONG™ © copyright by Carlos Alberto Pereira dos Santos 2014 TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PE