O ÚLTIMO DIA
Na hora da morte, ele achou que levaria seus sapatos de cromo alemão. Pensou até em levar uma garrafa de Don Perion. Escondeu mil e cem dólares no bolso do paletó, para subornar alguém lá no céu. O piano não coube no caixão de ouro. As jóias perderam-se no caminho. Na hora do sepultamento, a solidão era de arrasar. Ninguém fora ao seu enterro. O velório, que ficara às moscas, tinha mais gente que no cemitério. Era o coveiro e ele. Ele e o coveiro. E mais nada. CONTACT BETTO BARQUINN: curtacontos@hotmail.com O ÚLTIMO DIA ™ © copyright by betto barquinn 2012 TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY BETTO BARQUINN