Talvez a felicidade não esteja em “31 canciones”, de Nick Horby, ou em “Arrecife”, de Juan Villoro. Quem sabe “Sermones y Predicas del Cristo del Elqui”, de Nicanor Parra, não seja o lugar que meu espírito gostaria de habitar. Fatalmente minh’alma gostaria de estar a folhear “Adios, Columbus”, de Philip Roth. Mas como não pode alimenta-se de “Formas de volver a casa”, de Alejandro Zambra; ela, que apaixonou-se por “How music works”, de David Byrne, apreendeu-se de “Manual de ritmos y percusion con senas”, de Santiago Vasquez até o mais íntimo dos poros, e fez desse lugar o seu lar. Ah, minh’alma… há tanto livro para ler, e tantas coisa a fazer, que em algum lugar o nosso corpo cansado há de pousar. Enquanto isso, vou. Como vão os pássaros. Sim, como concebem os pássaros, eu voo. Pois onde estou, minh’alma está. Aonde vou, minh’alma vai. — Por favor, traga-me “La delicatesse”, de David Foenkinos; uma fatia de pera e um copo d’água. Agradecido. ...