FORTALEZA

- abril 08, 2015

J’ai appris:

Eu aprendi a amar com os odiosos, a ser generoso com os invejosos, a ser discreto com os fofoqueiros, a ser tolerante com os inflexíveis. Bondade, eu aprendi com os impiedosos; deleite, eu aprendi com os horrorosos; alegria, eu aprendi com os insatisfeitos; liberdade, eu aprendi com os limitados; perdão, eu aprendi com os vingativos; aceitação, eu aprendi com os preconceituosos; tolerância, eu aprendi com os implacáveis. E antes mesmo de querer mudar a qualquer um desses, comecei a laboriosa empreitada de modificar a mim mesmo. Aprendi com aqueles que ferem, machucam, ofendem e angustiam, que a vida é muito mais do que o que se passa diante dos meus olhos. Para viver é necessário mergulhar fundo, cavar a alma, vasculhar nas profundezas de si mesmo, visitar a própria fundura; entranha; revolver o labirinto do espírito; pesquisar em cada encovado até encontrar o cerne, o âmago, o centro, o conteúdo, o eixo, o recôndido, o íntimo, o imo, a substância, o interior.

Eu, que não tornei-me fraco, despreparado, incapaz, ignorante, mau, inepto ou ruim, me dou o direito de acertar, errar, dessaber e apreender, sem fazer de mim o cadafalso de ninguém. Aprendi também com esses que vivem sem saber viver, que nenhuma pessoa nasce para ser estrado de alguém. Eu nasci para fazer o bem: a mim e a outrem.