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Mostrando postagens de março, 2015

VEJA BEM, MEU BEM

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Venusto: Hoje o amor chegou envolto em cor primária. Era pulcro o amor, meu amor. Era sem palavra. *** Dicionário de Poesia N º 4: Hoje o amor chegou vestido de cor secundária. Era airoso o matiz do amor, meu amor. Era libertário. *** Elucidário verbal: Hoje o amor chegou tomado por cor terciária. Era deslumbrante a coração do amor, meu amor. Era igualitária.  *** Enfoque Poético: Hoje o amor chegou, e a sua cor, que não era primária nem secundária nem terciária, era de um incolor tão acromático,  —  que se não era, já era;  —  já era cor. *** Incolor é a cor do amor.                                                                 CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS: curtacontos@hotmail.com VEJA BEM, MEU BEM™   © copyright   by Carlos Alberto Pereira dos Santos 2015 TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS

BEST NIGHT

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Varanda, terraço e paisagem: Quanto tempo dura o amor? Eternamente, eu espero. Mas se durar um dia, só um dia, será muito bem-vindo.                                           CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS: curtacontos@hotmail.com BEST NIGHT™   © copyright   by Carlos Alberto Pereira dos Santos 2015 TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS

GHOSTTOWN

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Plush heart: Eu amo como quem ama os bons, como quem ama os bárbaros, como quem ama os culpados, como quem ama os inocentes, como quem ama os ímpios, como quem ama os crentes, como quem ama o frio, como quem ama o quente, como quem ama o dia, como quem ama a noite, como quem ama o rural, como quem ama o urbano, como quem ama o raso, como quem ama o profundo, como quem ama o largo, como quem ama o justo, como quem ama o palpável, como quem ama o subjetivo, como quem ama a matéria, como quem ama o espírito, como quem ama o preto, como quem ama o branco, como quem ama o riso, como quem ama o pranto, como quem ama o alto, como quem ama o baixo, como quem ama o gordo, como quem ama o magro, como quem ama o surdo, como quem ama o ouvinte, como quem ama o tradicional, como quem ama o antigo, como quem ama a cor, como quem ama a palidez, como quem ama a calma, como quem ama a fúria: como quem dá um boi para não entrar em uma briga e como quem dá uma boiada para não sair dela.

LIVING FOR LOVE

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Ao ler “Bagagem”, de   Adélia Prado; “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo;  “Lira dos Vinte Anos” e  ”Noite na Taverna”, de   Álvares de Azevedo; “Quarup”, de Antonio Callado; “Brás, Bexiga e Barra Funda”, de   Antônio de Alcântara Machado; “Romance d'A Pedra do Reino”, de Ariano Suassuna;  “Viva Vaia”, de Augusto de Campos; “Eu”, de Augusto dos Anjos; “Ópera dos Mortos”, de Autran Dourado;   “O Uraguai”, de Basílio da Gama;  “O Tronco”, de  Bernando Élis; “A Escrava Isaura”, de Bernando Guimarães; “Morangos Mofados”, de  Caio Fernando Abreu; “A Rosa do Povo” e “Claro Enigma”, de Carlos Drummond de Andrade; “Os Escravos” e “Espumas Flutuantes”, de  Castro Alves; “Romanceiro da Inconfidência” e “Mar Absoluto”, de  Cecília Meireles; “A Paixão Segundo G.H.” e “Laços de Família”, de  Clarice Lispector; “Broquéis”, de   Cruz e Souza; “O Vampiro de Curitiba”, de Dalton Trevisan; “O Pagador de Promessas”, de  Dias Gomes; “Os Ratos”, de Dyonélio Machado; “O Tempo e o Vento”, de Erico

HOMEM

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A man of his word: Eu cheguei a um momento de minha vida, do meu amadurecimento mesmo como pessoa, que evito qualquer tipo de aborrecimento. Sim, agora penso e repenso as minhas atitudes. Se subiu, subiu. Se desceu, desceu. Eu aceito. Hoje lanço mão da resignação. Sou como um barco à vela: vivo (e sobrevivo) ao sabor do vento. O que era rude em mim, se quebrou. Deu defeito. CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS: curtacontos@hotmail.com HOMEM™   © copyright   by Carlos Alberto Pereira dos Santos 2015 TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS

BESIDE YOU

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Minha vida não cabe em uma quitinete: Descia eu a estrada de meus dias, pensando em coisas que se nomináveis são, inqualificáveis manifestam-se em mim. Era um rio sem nascente. Um certo estar de coisas recorrente. A mão do mundo, ou melhor, a mão que move o mundo: arrastando-me como a este rio que citei, esse que não tem nascente, para algum lugar que certamente sei que não verei de novo. Tem coisa em mim indecifrável. Há um marasmo que torna-se alegria. Às vezes, covardia. Por vez, aflição. Há algum tempo houve uma vaga volumosa em mim. Agora, não. Hoje sou como um riacho, que sem saber-se regato, deixa a água passar. Tem hora que me pergunto se sou esse que desce a estrada de seus dias sem saber para onde ir. Porque a vida toma rumo que nem sempre é o que queremos. Ser.   Ontem mesmo: estava eu a buscar o sentido essencial, e revendo meus feitos e inconclusos, percebi a pouca importância que têm as minhas atitudes. Sempre achei relevância em tudo que a mim me é imp