GATO EM TETO DE ZINCO QUENTE
"Sê plural como o universo!" Fernando Pessoa (1888-1935) Acordei em meio a versão trash do Sorriso do Gato de Alice - No País das Maravilhas. E fiquei noites e noites sem dormir. Acabara de ter um sonho mau que retratava o Brasil. Um pedaço do mundo apoiado numa prancha de isopor. O lugar que eu amo, mas que não compreendo. Quinhentos anos depois, no que nos transformamos? Abrem-se litros de champagne para festejar a Era de Aguários. E se enganam ao achar que carma é uma questão de ponto de vista. Aqui nada se faz e o povo é que paga o pato. Prefiro dizer: Cuide do Brasil. E se achar impossível: Insista! Não faltará um pouco de terra para um homem de bem cultivar. Derribando a desordem nacional num flash back moral. Afinal, na vida só não dá certo aquilo que não se faz com verdade. Mas o tal referido sorriso, não era do Gato. Nem de Alice. Era dos Donos da Nação. Fervilhando com o grito da sua própria sombra. Rindo daquilo que é sério, que comove, e que é real. Não era um