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MARIELLE, PRESENTE!

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Acróstico em homenagem à Marielle Franco: M esmo que se entenda que a morte faz parte da vida, A dor que se sente quando alguém morre de morte matada, e não de morte morrida, R asga a gente por dentro, e por fora, feito navalha na carne, feito espinho de banzo na alma, I nevitável é, ter o espírito revirado ao avesso, como quem foi submetido aos maiores sofrimentos impostos à alma humana, E is a questão que destrói muitas vidas, L evarem de nós a esperança, L evarem de nós o direito de sermos, de pensarmos, de nos expressarmos, de vivermos, de sobrevivermos, de existirmos. E sse é o mal do Brasil: calar a voz da verdade; matar sonhos coletivos. F az frio no coração de quem perde alguém que ama, R uas e praças e parques e becos e RIOS ficam vazios, A mão armada é uma arma: vivemos num país que mata. N unca houve democracia no Brasil: República, nem pensar. O feudalismo, o caudilhismo, o clientelismo, o golpismo, o feminicídio, o racismo, a negro

À NOITE TODOS OS GATOS SÃO PARDOS

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Prezada leitora e prezado leitor, Hoje é o lançamento virtual no Brasil e no exterior do meu novo livro “À noite todos os gatos são pardos”. O livro é um lançamento da Editora Amazon e está à venda em 13 lojas da Amazon em mais de 170 países. “À noite todos os gatos são pardos” é o 34º livro da minha carreira literária. “À noite todos os gatos são pardos” é um livro de contos e crônicas, que tem como tema o racismo e suas implicações na vida de cidadãos classificados pela sociedade em que vivem como pretos e pardos; sociedade essa, racista. Como este livro não tem o propósito de encerrar a discussão sobre o racismo, muito menos ser o antídoto das mazelas da humanidade, mas propor o diálogo sobre as agruras das sociedades contemporâneas, entendendo que tais agruras fazem parte de um processo histórico, fica no ar a pergunta: Será que todas as coisas são semelhantes ou iguais no escuro? Que cada um encontre a resposta… Boa leitura! Com amor, Sempre

NÃO SOU MAIS O MESMO

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Hoje no café da manhã, conversando com a vida, aprendi algo importante: Quem não está disposto a mudar, está fadado ao fracasso. Porque a única certeza que temos, além da eternidade que trazemos nos  adentros   da alma, é a mudança. O universo muda o tempo todo. Mudar é reviver. É renascer. Aprender a rever conceitos. Derribar paradigmas. Crescer. Logo, na vida, a gente muda, e deve mudar, todo dia. Para melhor, obviamente. Pois o único propósito de estarmos na Terra, é fazermos do aprendizado diário, a possibilidade de transformarmos este planeta, o universo, o outro, e a nós mesmos, em seres iluminados. Maiores. Melhores. Celestiais. Atemporais. Sim, a gente muda o tempo todo, como o universo. E a gente tem a capacidade de mudar as pessoas também. Pelo exemplo. Pela generosidade. Pelo desprendimento. A propósito, pessoas egoístas sofrem mais, entende. Porque o mundo foi feito para aqueles que se doam. E convenhamos, ter dinheiro e poder só é importante quando os bens mater

A DIÁSPORA DA MAMA ÁFRICA

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God bless Africa: Mesmo que arranquem a nossa pele, no intuito de tirar de nós a nossa cor, venceremos. E se perdermos, havemos vencido. Pois não somos uma pele: uma cor. Nós somos o amor.       Em meio ao sofrimento, quem somos? Na tormenta e na dor, o que fazemos? Olhando para a História, e observando a condição do negro na humanidade, o que sentimos? Quem se beneficia com o etnocentrismo? Qual a função do neocolonialismo? Por qual motivo se promove o darwinismo social? O que leva ao apartheid? Para onde vai a segregação racial? Por que o racismo? Do que é feito o preconceito? Para quê serve a discriminação racial? Mesmo que esquartejem o nosso corpo, no intuito de tirar de nós a nossa alma, viveremos. E se morrermos, havemos vivido. Pois não somos um corpo: um esqueleto. Nós somos o infinito.   CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS: e-mail: curtacontos@hotmail.com Twitter:  @bettobarquinn Facebook: https:// www.facebook.com/carlosalbertoperei

EU AMO VOCÊ

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Ich liebe dich: Hoje nasceu uma estrela no teto do meu quarto. Não entendi. Acordei, levantei, saí para escovar os dentes; e quando voltei, lá estava a estrela grudada no teto. Ela é grande e luminosa. Linda de viver! Pensei em contar a alguém sobre o meu achado. Mas tenho medo que concluam que enlouqueci. Então melhor não contar. Esse será o nosso segredo: meu e da minha estrela. Agora eu tenho um sol só para mim.   _____________________________________________________ Este texto faz parte do livro "Avisa no circo que o palhaço já tem dono” (eBook Kindle) e está à venda em: https://www.amazon.com.br/Avisa-circo-que-palha%C3%A7o-dono-ebook/dp/B071FS7TC9/ref=sr_1_27?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1508172980&sr=1-27&keywords=carlos+alberto+pereira+dos+santos _____________________________________________________ CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS: e-mail: curtacontos@hotmail.com Twitter:  @bettobar

SOBERBA

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Ele dizia que tudo que o dinheiro pode comprar era muito bom. E todos ficavam loucos com ele: por puro estranhamento. Rimava sonhos com casacos de pele. E embora não falasse nada com coisa alguma, tinha algo tão popular dentro de si, que no hermético se trancava. Tinha o sentimento negativo, causado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando-o à manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais. Roubara-se do dicionário, caindo no pátio com sua soberba. Fingindo ser o que não era, apoiava-se na muleta da falsa superioridade. Não era melhor do que ninguém, mas sentia-se num patamar acima dos outros, colocando-se num pedestal com teto de vidro. Sentindo-se auto-realizado, esfregava a sua riqueza material na cara dos outros, enquanto insistia em varrer sua alma imunda para debaixo do tapete. Sentia prazer em humilhar, persuadir, passar à perna, dar golpes, enamorado com a própria existência. Com o sentimen

GHOSTTOWN

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Plush heart: Eu amo como quem ama os bons, como quem ama os bárbaros, como quem ama os culpados, como quem ama os inocentes, como quem ama os ímpios, como quem ama os crentes, como quem ama o frio, como quem ama o quente, como quem ama o dia, como quem ama a noite, como quem ama o rural, como quem ama o urbano, como quem ama o raso, como quem ama o profundo, como quem ama o largo, como quem ama o justo, como quem ama o palpável, como quem ama o subjetivo, como quem ama a matéria, como quem ama o espírito, como quem ama o preto, como quem ama o branco, como quem ama o riso, como quem ama o pranto, como quem ama o alto, como quem ama o baixo, como quem ama o gordo, como quem ama o magro, como quem ama o surdo, como quem ama o ouvinte, como quem ama o tradicional, como quem ama o antigo, como quem ama a cor, como quem ama a palidez, como quem ama a calma, como quem ama a fúria: como quem dá um boi para não entrar em uma briga e como quem dá uma boiada para não sair dela.