50 TONS DE BRANCO
Entre 4 paredes:
Há relacionamentos
e relacionamentos, e disso todo mundo concorda. Inclusive você. Estou dizendo isso,
porque estou dividindo contigo o meu raciocínio. E já que estamos juntos nessa,
me ajude a pensar.
Hoje recebi de ti,
a seguinte mensagem: “Estou começando a achar que você está enjoado de mim”.
Ora bolas… não sou o tipo de homem que usa
alguém, como quem chupa uma bala, depois joga a embalagem fora. Não vejo no
outro um objeto descartável. Quando me relaciono, faço-o por amor. Portanto,
não “enjoo” das pessoas. Mas o ser humano em uma sociedade capitalista é
assim… Vivemos em um mercado em que tudo
parece ter preço, inclusive sentimentos. O que deveria ser apenas uma
troca, um escambo, um estar a dois, torna-se um contrato comercial. A gente
coloca uma etiqueta no que faz, e fica magoado quando o outro não paga aquilo
que a gente acha que vale. Mas convenhamos…
quando colocamo-nos na prateleira do supermercado; como um produto, rotulamo-nos.
E como bem sabemos, quando a oferta é maior que a demanda, vira mais-valia. Uma
mercadoria em promoção vale menos que a metade; quando não sai de graça, ao ser embutida
no preço de outrem; disfarçada de brinde. Não vejo o amor como um brinde. Pois não
brinco com os sentimentos de quem levo pra cama. Ou melhor, não brinco com os
sentimentos de ninguém. Até porque se faço-o (levar-te para a cama), faço-o por
amor.
Não sou o tipo de homem
que cultua o desapego. Não quando o assunto são pessoas. Quanto a objetos, sim.
Não sou nada apegado a brinquedos de infância, roupas que usei numa determinada
época, fotos antigas e afins. Meus brinquedos de meninez doei para um abrigo
para crianças. Roupas usadas eu divido com os amigos ou levo para uma
instituição de longa permanência para idosos. Fotos antigas, e todo o resto,
ficam por aí… Todavia não me trazem nem um pingo de nostalgia. O que
importa para mim é viver o hoje, o agora, o instante presente. Ao passado deixo
o passado. Ao futuro, o que vier. E ouça-me bem: Quando digo “eu te amo”, isso
quer dizer que eu amo você. Simples assim. Não há portas atrás de mim. Não
trago coisas escondidas em meus adentros. Só carrego comigo bons sentimentos.
Os outros, os reprováveis, não levo-os aqui dentro. Não há janelas atrás de
mim. No entanto, há um universo em meus anexos. Você é meu recheio. E eu, apenas um
homem com um coração no meio.
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TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS
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