O PRIMEIRO TABLET A GENTE NUNCA ESQUECE
Em meio ao calor senegalês que invade Barcelona nessa época do ano, saí para pegar meu Tablet na loja. Fico impressionada com essa urgência que a tecnologia imprime na vida da gente. Tudo hoje em dia é para ontem. A cada segundo lançam uma coisa nova. A criatividade desse gente parece não ter mesmo limites. A impressão que dá é que a gente já nasce com o prazo de validade vencido. E eu que sou uma mulher do século passado, que já vivi guerras pessoais e coletivas, que me casei e acabei de me separar, que estive e deixei de estar, que tive filhos e os criei para o mundo, que menstruei, e agora vivo na menopausa; o outono da minha existência, fico equilibrando-me entre o start e o pause – abolindo o supérfluo, e fazendo do necessário, o chip nosso de cada dia. E que calor é esse? Não sei se é a menopausa que está me deixando superaquecida, se preciso de reposição hormonal como diagnosticou meu ginecologista, se é a dieta da costa do mediterrâneo... mas o